Política

O aborteiro Sérgio Cabral

15/12/2010

A má fé
daqueles que se engajam na nefanda causa do aborto teve ontem, comSérgio
Cabral, governador do Rio de Janeiro, uma manifestação bastante didática. Vou
comentá-la aqui para demonstrar que, sob qualquer ângulo, a questão do aborto é
insustentável ante a ética cristã. Pela boca de Sérgio Cabral falou a legião
daqueles que fazem o cultivo da cultura de morte, de que nos falava João Paulo
II.

O
primeiro recurso sofístico cabralino é assumir que a generalização de um vício
torna a sua repetição uma necessidade de positivização no sistema jurídico. Foi
enfático: “Quem aqui não teve uma namoradinha que precisou abortar? Meus
amigos, vamos encarar a vida como ela é”, falou retórico. O problema de
ter tido uma namoradinha que levou ao aborto coloca a necessidade de se abrir o
olho moral daqueles que estavam cegos para a enormidade do crime que estavam
praticando. Ao invés disso, de se buscar a correção do malfeito, o filosofar
cabralense propõe o caminho oposto: que se regulamente e permita legalmente o
aborto, como se isso fosse algo moralmente aceitável e resolvesse o problema da
gravidez indesejada.

O fato
que se esconde por detrás da argumentação é que Cabral assume que o corpo é
para o prazer e não para as tarefas existenciais, como a procriação. Assume
também que o feto não é um ser, é desprovido de qualquer direito. É como uma
espécie de verme habitando o ventre da mãe, que pode e deve ser descartado a
qualquer tempo. Essa visão é uma alucinação.

Poderíamos
repetir: “Quem aqui não fumou um cigarro de maconha? Que aqui não cheiro um pó
de cocaína? Quem não avançou um sinal vermelho? Quem deixou de ajudar um cego a
atravessar a rua? Quem deixou de ajudar um faminto por dureza do coração? Ora,
cada ser é uma coleção continuada de pecados, maiores e menores, e de vícios, e
nem por isso essa prática continuada pode servir de fundamento para a sua
aceitação moral e jurídica. A repetição inevitável de pecados e vícios não os
transforma em seu oposto. O sistema jurídico deve proteger os bons costumes e
as virtudes, não os vícios e os crimes conhecidos desde a lei natural.

Para
reforçar sua argumentação estúpida ele dá testemunho de que não defende a
prática em causa própria: “Fiz vasectomia e sou muito bem casado”.
Bem sabemos que a defesa institucional do aborto é uma agenda dos chamados
globalistas, que defendem o governo mundial, e ela tem por meta alcançar três
objetivos: 1- Destruir a ética cristã no que ela tem de mais essencial; 2-
Fazer o controle das populações mais pobres, inclusive e sobretudo das
populações não brancas; e 3- Destruir a família pela base. Casamentos desfeitos
e a não geração de descendentes torna a população atomizada cada vez mais
cliente dependente do Estado, que passa a ocupar o papel agregador e protetor
da família tradicional. Portanto, nem que Sérgio Cabral tivesse sido castrado
ele mudaria sua posição sobre o tema, pois está alinhado com a causa
globalista, que peleja sobre o assunto desde a ONU e seus tentáculos.

Continuou:
“Do jeito que está, está errado, falso, hipócrita. Isso é uma vergonha
para o Brasil. Vamos pegar países onde a religião tem um peso. Espanha,
Portugal, França, Inglaterra, Estados Unidos. Eles gostam menos da vida do que
nós? Esse é o ponto.” Esse é um típico argumento globalista. Eles tentam
simultaneamente obter sua vitória política em todos nos países. Quando
conseguem em algum parametrizam para facilitar a vitória no seguinte.
Circunstâncias legislativas permitiram que essas legislações nefandas fossem
alhures aprovadas, tudo manipulado pelos globalistas. É precisamente o
contrário: vergonha é o fato de aqueles países terem aprovado a matança de
fetos antes do nascedouro. De fato, aqueles governo, imitados pelo afã
cabralino, gostam menos da vida, sim, sobretudo da vida dos pobre e das
populações não brancas. Devemos nos regozijar de, em nosso país, termos
resistido a esse crime hediondo que é o aborto institucionalmente patrocinado.

Cabral,
um sujeito que faz campanha aberta pelo aborto, teve o desplante de afirmar:
“Ninguém é a favor do aborto, mas uma coisa é uma mulher, por alguma
necessidade, física ou psicológica, psiquiátrica ou orgânica, desejar
interromper uma gravidez”. A mulher não tem necessidade de abortar, ela
tem necessidade de procriar. O aborto é uma aberração, uma chaga moral que
provoca seqüelas físicas e psíquicas. Veja-se que a argumentação cabralina é
pura tergiversação e mentira para suportar sua monstruosidade moral. O fato é
que aborto é uma abominação e o Estado não pode ser posto a seu serviço.

* José
Nivaldo Cordeiro, Executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo.
Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um
dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários
para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação Nacional
de Livrarias.

Como citar e referenciar este artigo:
, Nivaldo Cordeiro. O aborteiro Sérgio Cabral. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/politica/o-aborteiro-sergio-cabral/ Acesso em: 18 abr. 2024