Política

Alexandre Tombini no Banco Central

 

A nomeação de Alexandre Tombini para a Presidência do Banco Central foi uma importante definição da presidente eleita, Dilma Rousseff. Sai um homem de fortes laços com o mercado, Henrique Meirelles, e entra um burocrata de carreira do próprio BC. Certamente que Tombini não terá a mesma autoridade que Meirelles e estará subordinado mais diretamente ao ministro da Fazenda. Terá assim menor autonomia na definição da política monetária, agora subordinada ao desenvolvimentismo. O desejo inicial de Dilma Rousseff de nomear Luciano Coutinho ministro da Fazenda mostra que ela se alinha com o pensamento da Unicamp, aquele mesmo que afundou o Brasil na hiperinflação e na moratória “soberana” durante o governo Sarney. Os sinais de que a inflação está escalando patamares perigosos estão dados, com a novidade de que a âncora cambial não é mais confiável. A nova inflação tem forte componente importado. A frouxa política monetária dos EUA está produzindo a depreciação forte de sua moeda em todo o mundo e o preço dos bens transacionados no exterior estão se elevando gradualmente. Tempos difíceis virão.

 

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* José Nivaldo Cordeiro, Executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação Nacional de Livrarias.

 

Como citar e referenciar este artigo:
CORDEIRO, José Nivaldo. Alexandre Tombini no Banco Central. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2010. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/politica/alexandre-tombini-no-banco-central/ Acesso em: 18 abr. 2024