Economia

Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Março de 2011

 

 

 

Em março, vendas no varejo aumentam 1,2%

 

 

 

 

 

Em março, o comércio varejista registrou alta de 1,2% no volume de vendas e de 1,4% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume e receita de vendas, tais resultados apresentam uma melhora em relação às taxas do mês anterior. Nas demais comparações, obtidas das séries sem ajuste, o varejo obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 4,1% sobre março do ano anterior, 6,9% no acumulado do trimestre e 9,5% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 8,5%, 11,6% e de 13,5%, respectivamente.

 

 

 

 

 

Entre atividades, oito têm variação positiva

 

 Em março, oito das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos: veículos e motos, partes e peças (3,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%); material de construção (2,7%); móveis e eletrodomésticos (1,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%); tecidos, vestuário e calçados (1,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%); combustíveis e lubrificantes (-0,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (–0,1%).

 

Na comparação com março de 2010 (série sem ajuste), todas as atividades cresceram. Por ordem de importância, as variações foram: móveis e eletrodomésticos (11,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,2%); tecidos, vestuário e calçados (5,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%); combustíveis e lubrificantes (2,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%); livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%).

 

Móveis e eletrodomésticos, com variação de 11,1% no volume de vendas em relação a março do ano passado, registrou o principal impacto na formação da taxa do varejo (45%). Este resultado, ainda que reflita as condições favoráveis da economia, teve crescimento inferior às taxas dos últimos meses, o que pode indicar efeitos da política macroprudencial do governo. No acumulado do trimestre a taxa foi de 16,8% e nos últimos 12 meses, de 17,2%.

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 1,5% no volume de vendas na comparação com março de 2010, foi responsável pela segunda maior contribuição (18%). Em termos acumulados, a taxa para os primeiros três meses do ano foi de 2,8% e, para os últimos 12 meses, de 6,6%. Pelo terceiro mês consecutivo o setor não proporcionou a principal contribuição à taxa global, refletindo, possivelmente, uma retração de demanda provocada pelo aumento dos preços dos alimentos.

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo terceiro maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas da ordem e 18,2% na comparação com março do ano passado, taxa acumulada no ano de 13,9%, e, nos últimos 12 meses, 20,6%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero (-14,7% nos últimos 12 meses para o subitem microcomputador no IPCA) e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

 

Varejo ampliado cresceu 1,7%

 

O comércio varejista ampliado, que inclui varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), crescimento tanto para o volume de vendas quanto para a receita nominal, com 1,7% e 2,5%, respectivamente. Comparado com março de 2010 (sem ajuste sazonal), as variações foram de –2,5% para o volume de vendas e de 0,8% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 7,1% e 10,2% para o volume e 10,3% e 13,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

 

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou alta 3,8% em relação a fevereiro, compensando, assim, o quadro negativo dos dois meses anteriores. Este resultado, por conseguinte, vem de encontro às medidas macroprudenciais do governo (para frear o consumo), tomadas em dezembro de 2010. Comparando com março do anterior, a variação foi de -12,8%, sendo o primeiro resultado negativo dos últimos seis meses, provocado provavelmente por um efeito base. Em termos de acumulados, as variações foram: 6,4% no trimestre e 10,7% nos últimos 12 meses. Quanto a material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 2,7% sobre o mês anterior, de 6,4% em relação a março de 2010 e de 13,6% e 15,3% nos acumulados do trimestre e dos últimos 12 meses, respectivamente.

 

Na comparação com março de 2010, 20 das 27 UFs tiveram resultados positivos

 

Vinte das 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos na comparação março11/março10 no que tange ao volume de vendas. Os destaques foram: Tocantins (16,5%); Roraima (14,6%); Paraíba (11,0%); Maranhão (10,3); e Ceará (10,0%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram: São Paulo (4,7%); Minas Gerais (8,5%); Rio de Janeiro (4,2%); Ceará (10,0%) e Rio Grande do Sul (2,1%).

 

Já em relação ao varejo ampliado, dez unidades da federação apresentaram resultados positivos, sendo as maiores taxas de desempenho no volume de vendas verificadas em Roraima (13,8%); Espírito Santo (12,8%); Acre (8,9%); Tocantins (8,8%) e Mato Grosso (5,3%). Quanto aos negativos, destacam-se: Piauí (-13,2%); Sergipe (-10,8%); Distrito Federal (-10,4%) e Rio Grande do Norte (-9,4%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (-3,5%); Rio de Janeiro (-5,3%); Distrito Federal (-10,4%); Bahia (-6,2%) e Pernambuco (-5,2%).

 

Para o volume de vendas, os resultados com ajuste sazonal apontam para 17 estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior. As maiores variações foram em Piauí (5,8%); Alagoas (4,3%); Sergipe (3,8%); Espírito Santo (3,8%) e Rio de Janeiro (3,1%).

 

Comércio varejista desacelera na comparação com 4º trimestre de 2010

 

Em termos trimestrais, os números apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas, na passagem do quarto trimestre de 2010 para o primeiro trimestre deste ano, com queda da taxa de 9,6% para 6,9%. A desaceleração também é observada no comércio varejista ampliado, cuja taxa de variação passou de 14,3% para 7,1%.

 

Das dez atividades pesquisadas, apenas a de material de construção não registrou queda no ritmo de crescimento no período analisado, passando de 13,5% no quarto trimestre de 2010 para 13,6% no primeiro trimestre de 2011. Para os demais segmentos os resultados foram: veículos e motos, partes e peças (de 23,8% para 6,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (de 21,7% para 9,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de 20,0% para 13,9%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 6,3% para 2,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 9,4% para 6,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 12,2% para 9,4%); móveis e eletrodomésticos (de 18,1% para 16,8%); tecidos, vestuário e calçados (de 9,9% para 9,6%) e combustíveis e lubrificantes (de 5,9% para 5,7%).

 

 

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

 

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

  

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Março de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-mensal-de-comercio-fonte-ibge-base-marco-de-2011/ Acesso em: 29 mar. 2024