Economia

Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Fevereiro de 2011

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Em
fevereiro, vendas no varejo caem -0,4% e receita nominal fica estável

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Em
fevereiro, o comércio varejista registrou queda de –0,4% no volume de vendas e
estabilidade na receita nominal (0,0%) na série com ajuste sazonal, ambas as
variações em relação ao mês anterior. Para o volume de vendas, tal resultado
interrompe uma seqüência de nove meses de taxas positivas. Nas demais
comparações, obtidas das séries sem ajuste sazonal, o varejo obteve, em termos
de volume de vendas, acréscimos da ordem de 8,2% sobre fevereiro do ano
anterior, 8,2% no acumulado do bimestre e 10,4% no acumulado dos últimos 12
meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas
de 13,0%, 13,2% e de 14,4%, respectivamente.

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Entre
atividades, três têm variação positiva

Na
série com ajuste sazonal, três das dez atividades obtiveram resultados
positivos para o volume de vendas: tecidos, vestuário e calçados (1,4%); outros
artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%); e combustíveis e lubrificantes
(0,1%). Já as variações negativas foram em: hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%); veículos e motos, partes e peças
(-1,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos (-1,4%); material de construção (-1,5%); móveis e eletrodomésticos
(-2,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação
(-3,1%); e livros, jornais, revistas e papelaria (–4,7%).

Na
comparação com fevereiro de 2010, todas as atividades cresceram. Por ordem de
importância, as variações foram: móveis e eletrodomésticos (20,5%);
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%);
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,2%); tecidos, vestuário e
calçados (13,6%); combustíveis e lubrificantes (7,3%); artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,4%); equipamentos e
material para escritório, informática e comunicação (14,6%); e livros, jornais,
revistas e papelaria (13,9%).

Móveis
e eletrodomésticos, com variação de 20,5% no volume de vendas em relação a
fevereiro de 2010, registrou o principal impacto na formação da taxa do varejo
(42%). Este resultado reflete as condições favoráveis de crédito, a manutenção
do crescimento do emprego e do rendimento e a estabilidade de preços, principalmente
no que tange aos eletrodomésticos (-2,2% nos últimos 12 meses para aparelhos
eletrônicos no IPCA do IBGE). No acumulado do bimestre, a taxa foi de 8,2% e,
nos últimos 12 meses, de 10,4%.

Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 2,3% no
volume de vendas em relação a fevereiro de 2010, foi a segunda maior
contribuição (15%). Em termos acumulados, a taxa para os primeiros dois meses
do ano foi de 3,3% e, para os últimos 12 meses, de 7,7%. Pelo segundo mês
consecutivo, o setor não proporcionou a principal contribuição à taxa global,
refletindo uma retração de demanda provocada pelo aumento dos preços dos
alimentos nos últimos 12 meses.

Outros
artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da
taxa do varejo, cresceu 12,2% no volume de vendas em relação a fevereiro de
2010, sendo responsável por 12% da taxa geral. O segmento, composto por lojas
de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, entre outros,
vem tendo seu desempenho influenciado pelo quadro geral de crescimento da
economia. Para o primeiro bimestre, a variação acumulada foi de 8,4% e, para os
últimos 12 meses, de 9,5%.

Varejo
ampliado mantém-se estável

O
comércio varejista ampliado, que inclui o varejo mais as atividades de
veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, em
relação ao mês anterior, estabilidade tanto para o volume de vendas quanto para
a receita nominal, ambas com variação de 0,0% na série com ajuste sazonal.
Comparado com fevereiro de 2010 (sem ajuste sazonal), as variações foram de
14,5% para o volume de vendas e de 17,2% para a receita nominal. Nos acumulados
do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 12,8% e 12,4% para o
volume e de 15,9% e 15,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

No
que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças
registrou queda de –1,1% em relação a janeiro. Este é o segundo mês consecutivo
de resultado negativo neste tipo de comparação, indicando uma possível
influência das medidas macroprudenciais (para frear o consumo) do governo,
tomadas em dezembro de 2010. Quanto a fevereiro de 2010, a variação foi de
26,0%, acumulando no ano e nos últimos 12 meses variações de 21,2% e de 15,3%,
respectivamente. Quanto a material de construção, as variações para o volume de
vendas foram de –1,5% sobre o mês anterior, de 16,2% em relação a fevereiro de
2010 e de 16,3% em ambos os acumulados, do bimestre e dos últimos 12 meses. Mesmo
apresentando sinal negativo na margem, na comparação com o ano anterior os
resultados se situam acima da média, mostrando a total recuperação do setor
após os efeitos da crise financeira global de 2008.

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Na
comparação com janeiro de 2010, resultados positivos em todas as UFs

Todas
as 27 unidades da federação cresceram na comparação entre fevereiro e o mesmo
mês do ano anterior, no que tange ao volume de vendas. Os destaques foram:
Tocantins (31,1%); Paraíba (30,6%); Maranhão (20,2%); Acre (16,0); e Minas
Gerais (14,6%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio
varejista, sobressaíram: São Paulo (5,5%); Minas Gerais (14,6%); Rio de Janeiro
(10,2%); Rio Grande do Sul (8,8%) e Bahia (12,2%).

Em
relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas
ocorreram em Tocantins (36,8%); Espírito Santo (33,9%); Paraíba (32,2%); Mato
Grosso (24,5%) e Ceará (21,8%). Em termos de impacto no resultado global do
setor, os destaques foram os estados de São Paulo (10,0%); Rio de Janeiro
(16,7%); Minas Gerais (18,1%); Paraná (18,5%) e Rio Grande do Sul (17,0%).

Ainda
por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal, para o volume de
vendas, apontam para dez estados com resultados positivos na comparação entre
fevereiro e janeiro. As maiores variações foram em Tocantins (4,6%); Paraíba
(4,6%); Amapá (3,3%); Maranhão (3,0%). A maiores quedas foram registradas em:
Roraima (-6,9%); Sergipe (-4,4%); Espírito Santo (–3,6%) e Amazonas (-2,3).

Arquivos
oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo
Bergamini

(48)
4105-0832

(48)
9976-6974

ricardobergamini@ricardobergamini.com.br

http://www.ricardobergamini.com.br

www.ricardobergamini.com.br/blog

*
Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no
Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no
período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e
Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na
área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA
Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e
palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site:
http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Fevereiro de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-mensal-de-comercio-fonte-ibge-base-fevereiro-de-2011/ Acesso em: 28 mar. 2024